sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Mensagens

Com estes tarifários todos que apareceram em que, basicamente, podemos usufruir de tudo e mais alguma coisa do telemóvel e só pagar tanto por mês, surgiu um hábito que eu odeio.

Primeiro: o pânico.
Ai meu Deus, ai meu Deus, vamos ter que falar tudo hoje, porque amanhã é Natal e as mensagens são a pagar. E é ver as pessoas a falarem tudo e mais alguma coisa, a adiantarem a conversa para três dias, os namorados a despedirem-se como se um deles fosse para a guerra, mandar mensagens de Natal, de passagem de ano, de Páscoa, eu sei lá. CALMA!

O mundo não acaba por pagares uns 5 cêntimos por mensagens. E se realmente esses tarifários são assim tão bons deves ter algum saldo acumulado. O mundo não acaba. Os incas não previram que ia haver um apocalipse sempre que tens que pagar uma mensagem.

Mas é estúpido. Eu dou por mim a pensar como é que eu já tive namoros que se sustentavam imenso em mensagens pagas e sobreviveram. Eu já fui daquelas miúdas que gastavam um pacote de 5 euros de sms, ou seja, 500 sms, num dia. Como foi possível?

Não sei. Mas odeio o pânico. Toda a gente fica louca.


Segundo: a frieza.
Já repararam que quando agora, por alguma razão, temos que enviar uma mensagem que seja paga toda a gente poupa nas palavras?

Tipo... wtf?

As sms não são telegramas. Não é por dizermos só "sim" ou "sim, tens razão. Olha um beijinho para ti e para a família e feliz natal!" que vamos pagar mais. Mas no entanto, nestas alturas, há algo que entra no cérebro das pessoas e só dizem o que é vital à sobrevivência. Porquê? Isso dá azo a mal entendidos. E eu até confesso que fico magoada com certas pessoas, porque é Natal e eu digo coisinhas bonitas porque o espírito da época até me deixa bem disposta e depois recebo coisas do tipo:

Sim. Stop
Feliz Natal. Stop
Amanhã vou Leiria espera lá por mim. Stop
Bjs. Stop

Ah, e sim, meus caros, os smiles também não se pagam e são muito boa onda.

Enfim. Estou deprimida.


Vou enfardar ferrero rocher até não haver amanhã.






Feliz Natal, meus amigos, e que nunca vos faltem as palavras a quem mais amam! ;)












Tareca.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

O meu olho direito

O meu olho direito é um olho igual ao meu olho esquerdo, só que mais parvo.

E das duas uma: ou tornou-se campo de testes para as gelatinas royal ou tem parkinson.


Treme o sacana. Abana-se, assim, louco, possuído. E quando estou a falar com alguém? Tragédia!

Só consigo estar a falar com alguém e a pensar que essa pessoa está a gozar comigo interiormente por causa da porcaria do meu olho direito estar a ter espasmos. É que eu não consigo ter noção se as outras pessoas conseguem ver isso. Sinto-me injustiçada.



E, no entanto, eu acredito piamente que isto seja um complot das gasolineiras.


Isto só pode ser, e faz todo o sentido, uma estratégia das grandes petrolíferas contra o meu olho direito.




E porquê perguntam vocês? (Admitindo que há mais que uma alma perdida a ler o "sim")





Porque eu tenho um veículo a gasóleo que não gasta nada.
E eles sabem, e TAU!










....eles sabem....








Tareca Camões

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Mulheres

As mulheres são uma raça danada. E eu sei-o. Sou uma delas. E tenho orgulho, gosto de ser de uma raça danada.

As mulheres têm uma relação de amor-ódio com as outras mulheres. Odeiam-se. São competitivas, mais que os homens. E acreditem que sei do que falo porque só vejo e só falo com mulheres ao fim de semana, dado a minha condição de elevada convivência com o mundo automóvel. As mulheres se pudessem estrilhaçavam-se umas às outras.

Mas é bom. Não há maior elogio do que uma mulher odiar outra mulher, juro. Se odiamos outra mulher é porque a vemos como uma potencial concorrente, logo é porque é boa. E são poucas as mulheres que têm capacidade de admitir isso. Geralmente é mais simples dizer "é bonita, é bonita, mas não tem nada naquela cabecinha" ou, no caso oposto, "até tem cabecinha, mas credo, já viste aquelas sobrancelhas?". Portanto, a menos que se tenha mesmo um aspecto que faça lembrar um parente directo do homem de neanderthal, ser odiada por outra mulher é bom. É puro status.

Uma vez decidi que ia levar um vestido todo bonitinho para a escola, mas sentia-me insegura, ora puxa o vestido para baixo, ora ajeita as meias, enfim, todas aquelas coisas com que uma mulher que não está habituada a este tipo de indumentárias se debate. Quando saí duma zona muito povoada por mulheres disse ao tareco "olha para trás, pelo menos 6 meninas estão a olhar para mim com aqueles olhos de 'é uma cabra'" - incrivelmente estavam. E isso fez-me sentir bem. Porque se elas me odeiam é porque eu estava verdadeiramente bem.

Todas as mulheres têm um vestido, umas calças, um conjunto, whatever, que é a chamada "roupa da caça". A eficiência da "roupa da caça" mede-se não só pelo número de olhares de aprovação (rebarbação) masculinos conseguidos, mas mais ainda pela quantidade de olhares de fuzilamento femininos. Mas não o fazemos por mal. Não nos odiamos umas às outras porque sim. Sentimo-nos ameaçadas. Elas, aquelas, com as pernas altas, o cabelo maravilhoso, o sorriso branco, o peito enorme, têm mais hipóteses de conseguir arranjar um macho cheio de pêlo no peito que as leve para uma caverna para procriação e segurança, isto é natural da nossa evolução. Está implícito. Não controlamos.

Mas as mulheres também conseguem adorar-se. É o chamado "female bonding". Aquelas conversas patetas sem objectivo sobre maquilhagem, cabelos, os olhos giríssimos daquele gajo que entrega o correio à sexta-feira, do tempo que está húmido e estraga tudo. Qualquer mulher adora esse tipo de ligação. É natural. E confortável. Esquecemos a competição por coisa de 2 segundos.

Lembro-me de ver um episódio duma série onde 2 amigas falavam uma com a outra sobre isto, e uma dizia "Está calada! Tu és linda, odiei-te assim que te vi!" e a outra depois de soltar um "ohhh, a sério? Que querida!" abraçou-a.

É assim que eu vejo as coisas.

Somos uma raça danada. Ponto.





E eu vou explicando algumas coisas para não dizerem que nós é que somos as complexas.

Porque não. Somos só peculiares.








Danadas.







Tareca

domingo, 13 de dezembro de 2009

Hulk Sleepy.....

Porque é que temos de dormir?
É algo que me revolta desde que reparei que não estava a ficar mais novo mas sim a caminhar para a velhice. Dormir revolta-me porque todos os dias temos de desperdiçar 5, 6, 7, 8 ou até mais horas a fazer o quê? A estarmos deitados num colchão de olhos fechados a pensarmos vá-se lá saber em quê... Ainda por cima na maior parte das vezes nem sequer nos lembramos do que é que sonhámos.

Estou aborrecido porque (e já comprovei que não sou o único a pensar isto), há montes de noites em que não me apetece nada ir dormir... Sei que me vai fazer bem e saber que nem ginjas mas vou dormir e não vou produzir nada, tenho montes de coisas para fazer e quando acordar ainda por cima vou acordar mal disposto porque vou querer continuar na cama simplesmente a olhar para o tecto.

Não interpretem mal, eu adoro dormir e adoro acordar com as baterias recarregadas, mas são raros os dias em que acordo assim. Se durmo pouco fico com sono o resto do dia, se dormir muito, continuo com sono. Se acordo e olho pela janela e vejo céu cinzento fico enjoado e mal disposto, se está sol, fico ofuscado e escondo-me debaixo dos lençóis por ficar cego... Sei também que quanto mais tarde me deitar, mais tarde vou acordar, isto porque o nosso “corpo estúpido” não se contenta em dormir meia hora e, para se vingar ainda somos capazes de acordar com um torcicolo no pescoço ou uma cãibra na perna ou acordarmos num sitio completamente diferente de onde tínhamos adormecido... portanto dormir é assim, 90% das vezes, extremamente debilitante e não devia ser essencial à vida. For God sake, se se fala em recarregar as baterias, se os telemóveis conseguem enviar mensagens e fazer chamadas enquanto estão ligados ao carregador, porque é que nós não chamamos “dormir” a um estado 75% operacional enquanto estamos ligados ao isqueiro do carro ou a um painel solar a “recarregar as baterias”?

Tareco

domingo, 8 de novembro de 2009

Fuzzy Logic

O mentiroso de Creta diz que todos os habitantes de Creta são mentirosos.

Se o que ele diz for verdade, ele é mentiroso, mas disse uma verdade!

Se ele estiver a mentir, ele não é mentiroso, mas mentiu!



uuuuooouuuuu!



Acho que quem inventou a Lógica Difusa, ou Fuzzy Logic, devia misturar mais tabaco porque aquela porcaria anda a bater forte como o carago.




Mas o pior é que o Cruise Control desses automóveizinhos todos que andam para aí baseia-se neste tipo de lógica.


Medo. Muito medo.






Tareca

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Preguicite Aguda

Mais uma vez dou por mim a divagar sobre o porquê das coisas... Porque é que as coisas são como são? Que força será essa que nos concede a capacidade de escrevermos coisas estúpidas num blog? Será essa força que nos mexe no ADN e diz "ah e tal, tu vais ser uma mulher ruiva... e tu vais ser uma alface"? Até agora, penso eu, ninguem descobriu e portanto dedico-me nas horas vagas a criar imagens mentais de como seria o nosso universo se nem tudo fosse como é.

Hoje estava numa aula de Resistência dos Materiais e, o docente estava a ser tão vagaroso que levou quase duas horas para resolver um exercício... e espera que nós, alunos, façamos frequencias com exercícios destes. Daí nasceu uma ideia: "E se os Humanos fossem exactamente iguais às preguiças?"

Ok, comparado com "E se o ar respirasse pessoas?", não parece assim tão complicado imaginar, mas se experimentarmos pensar a um nível mais profundo e complexo, certas e determinadas coisas podem surgir na nossa cabeça... e não, não são enxaquecas. Tentem pôr-se na pele de uma preguiça e em seguida imaginar a sociedade actual cheia de preguiças iguais a nós.

Aliás, basta imaginar um mundo onde tudo funcionava à base de horas como medida do sistema internacional em vez de segundos. Tudo se moveria muuuuuuuito lentamente.

Cada vez que pedissem para fazer uma rúbrica, a pessoa demorava 5 minutos a agarrar na caneta e 10 minutos para rabiscar um simbolo irreconhecível (sim, porque é exactamente essa a minha opinião de todas as rubricas - simbolos irreconhecíveis que nada têm a ver com o nome da pessoa). Cada tarefa seria executada com a máxima preguiça, ou seja, dôr física e psicologica em fazer qualquer movimento e uma descoordenação fora de série.

Visto os reflexos das preguiças serem extremamente reduzidos, as velocidades dos veículos motorizados não poderiam ultrapassar a meia dúzia de quilómetros horários e as curvas teriam raios bastante prolongados para nos dar tempo de virar o volante e 1 Km antes de cada cruzamento teria de haver um pré semáforo com um foto-sensor (palavra nerd que aprendi hoje em Instrumentação) para avisar como é que estaria o semáforo do cruzamento quando lá chegássemos largas horas depois.

Refeições: Cada refeição levaria horas e horas ou talvez um dia inteiro e, como o nosso metabolismo era lento e o consumo de energia seria pouco, só precisariamos de uma refeição por semana. Como todos os outros animais seriam mais rápidos que nós, todas as nossas tentativas para caçar nem que fossem caracóis seríam em vão. Para apanhar caracóis levaria a uma operação do género: contratar 10 dos melhores Homens para ir caçar caracóis e no final da semana depois de buscas intensas, chegavam com um caracol no balde e diziam "Eles eram dois, mas um fugiu..."
Para colher frutas teria de se despender uma enormidade de recursos humanos para cada um apanhar uma ou no máximo duas maçãs, antes que ficassem maduras demais.

No meu trabalho, poderia haver distribuição de pizzas, mas cada mota teria duas rodinhas de lado pois como andávamos tão devagarinho e com reflexos tão vagarosos que teríamos sempre no risco de cair para o lado. Um mini-forno dentro da caixa das pizzas seria obrigatório para manter a pizza quente devido às 6 horas de tempo de entrega... mas como hoje há distribuidores bons e distribuidores maus, haveria sempre um que se perdia e acabava por demorar 18 horas a entregar o pedido (não, isto não é um ataque pessoal)

Poderia divagar o resto da noite sobre isto, mas não me apetece.

Estou com preguiça.

Tareco.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Manifesto anti gato

O meu gato é um cigano!
O meu gato é meio cigano!
O meu gato pesca tanto de poesia que até faz sonetos com ligas de duquezas!
O meu gato é um habilidoso!
O meu gato veste-se mal!
O meu gato usa ceroulas de malha!
O meu gato especula e inócula os concubinos!
O meu gato é Dantas!
O meu gato é Júlio!

Morra o meu gato, morra! PIM!

O meu gato é um ciganão!
Não é preciso ir p´ró rocio p´ra se ser um pantomineiro, basta ser-se pantomineiro!
Basta usar o tal sorrisinho, basta ser muito delicado e usar côco e olhos meigos! Basta ser Judas! Basta ser o meu gato!
O meu gato é um soneto d'ele próprio!
O meu gato em génio nunca chega a pólvora seca e em talento é PIM-PAM-PUM!
O meu gato nu é horroroso!
O meu gato cheira mal da boca!
O meu gato é o escárnio da consciência!

Se o meu gato é português eu quero ser espanhola!

O meu gato é a vergonha da intelectualidade portuguesa! O meu gato é a meta da decadência mental!
E ainda há quem não core quando diz admirar o meu gato!
E ainda há quem lhe estenda a mão!
E quem tenha dó do meu gato!



....


Texto adaptado do Manifesto Anti Dantas retirado de http://www.prof2000.pt/users/tomas/manifesto_anti.htm . Ao que parece alguém tinha um gato chamado Dantas com um feitio muito parecido com o do meu.

Estou amuada. Arranhou-me.





Tareca

sábado, 11 de julho de 2009

Teorias Escolares

Ando toda queimadinha dos exames, a ponto de ter o cérebro feito em açorda. Já não posso ver vigas, barras, vigas/barras, transmissões de calor, travões, rolamentos ou o que quer que seja à frente. Mas mesmo assim a minha posta vai ser sobre aulas, e sobre algumas teorias que eu e o Tareco viemos a desenvolver na bela aula de sistemas de chassis.

Irei explicitá-las por tópicos:

- E se os professores fizessem intervalos comerciais?

Ora bem, tudo muito bem numa aula: «patatipatatá suspensões Mcpherson práquieprácolá mais multilink assimassado - e agora interrompo a aula para um intervalo comercial" e era neste momento que o professor começava a debitar um caudal de anúncios a pastas de dentes e aspiradores que REALMENTE limpam a sua casa e a champôs medicinais, com a mesma velocidade que os senhores da rádio lêem as contra indicações dos medicamentos. Isto era realmente chato, mas ao mesmo tempo acabava por quebrar um pouco da monotonia e prestar algum serviço público. Eu apoiava. Principalmente se pudéssemos fazer zapping e pôr um professor a falar com sotaque ligeiramente brasileiro enquanto discursava sobre os leões que estavam a dormir na savana com aquele jeitinho próprio da National Geographic.


- E se tivéssemos aulas com santos?

Nada mais estúpido. «Eh pá, vamos ter aulas de Mecânica dos Fluidos com a Santa Bárbara das Tempestades!» «Oh pá, a Santa Teresinha das Almoçadeiras vai-me chumbar outra vez este ano...» «Então o professor já não vem dar aulas este semestre? Ouvi dizer que estava a fazer beatificação em Motores Diesel».
E lá estaríamos todos na aula, olhando para o santo(a) que nos tinha que aturar, de cabeças ao alto. Sempre que tivéssemos uma dúvida teríamos que fazer uma oração, e o salário era pago com esmolas. Os professores também podiam mudar de cor com a temperatura como o artesanato de Fátima e quem sabe até brilharem no escuro.


- E se estudássemos todos em Hogwarts?

Esta é parva. Mas tinha a sua piada...


Depois de tanta teoria apetece-me ir andar de mota...

Tareca, motard (fazendo lembrar um certo tareco)

'V' boas curvas!

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Mutantes, a sequela

Aqui à tempos ao ver uma mosca a sobrevoar o meu ex-local de trabalho (sim, o tareco-mór já foi télépizzeiro e já é télédistribuidor à uns mesitos valentes), lembrei-me da frase popular “ai, quem me dera ser mosca...”

E se todos nós fossemos moscas?

Em vez de estarmos ocupados com o nosso trabalho usual, estariamos ocupados a chatear as moscas que encarnavam a nossa pele nos nossos empregos ou nas nossas aulas. Seria assim que em vez da frase popular, seria qualquer coisa do género “ai, quem me dera ser humano para saber o que é que a minha Maria anda a fazer...”. Estaríamos constantemente a sobrevoar as moscas enquanto elas faziam pizzas e seríamos atraídos por luzes intensas... as moscas velhotas provavelmente iriam correr atrás de nós com "mata-humanos" ou pulverizar a sala com Raid para serem protagonistas de um mini-holocausto.

Ao passo que os humanos passavam a viver apenas uma idade media de 30 dias, as moscas duravam 75 anos em média, contudo os humanos podiam ter milhares de filhos em cada “fornada”... nem quero imaginar a confusão nas creches ehehe

Isto já para não falar das várias etnias de humanos. Assim como há hoje em dia moscas, mosquitos, moscardos, varejeiras, ou até melgas, havia vários tipos de humanos, cada um com as suas caracteristicas, desde humanosvampiros até humanosinfecciososdistribuidoresdedoenças que picavam as moscas ou transmitiam doenças para estas.

E se estamos a falar em moscas, porque não insectos no geral? Devia ser bastante interessante ouvir comentários do género, “epa ja reparaste nos oito olhos daquela mulher-aranha? Tem aquelas pernas todas peludinhas mesmo como eu gosto”. Uma boa resposta a esse tipo de piropos seria “olha que o ultimo que se fez a mim acabou a ser comido vivo enrolado na minha teia”

Era um mundo estranho, não?


Tareco-motard

domingo, 5 de julho de 2009

Teoria do Caos

Teorias estúpidas à parte vou passar a uma teoria mais séria e que me assombra: a capacidade que nós temos de mudar toda a História sem darmos por isso.
Quase toda a gente conhece aquela expressão de que o bater de asas de uma borboleta na China pode provocar o caos e mais não sei o quê. Pois imaginem:

Vão para o trabalho/escola, e numa passadeira não deixam passar a senhora X. Ora se a senhora X tivesse atravessado a rua, tinha encontrado o senhor Y antes de este virar a esquina, tinham sorrido um para o outro, entretanto voltavam a cruzar-se e achavam piada a este "2º encontro", envolviam-se e a senhora X já não teria que casar com o irmão do cunhado só para não ficar para tia, ou seja, já não se suicidaria de desgosto uns anos depois e teria dois filhos, sendo que um deles seria um futuro presidente da república muito bem sucedido e o outro um advogado de sucesso que salvaria muitas pessoas inocentes.

Pois bem, se tivesses deixado passar a senhora X podias estar a tirar o país do fosso e a salvar muitas pessoas. Como te sentes agora?

Pois, e então imagina que vais na rua, vês uma pedra e dás-lhe um pontapé. A pedra rola mais uns centímetros e mete-se debaixo da roda de um carro. Quando o carro sair a pedra vai saltar e vai ficar estrategicamente colocada no caminho de uma pobre velhinha com dificuldades de equilíbrio. Pimba! Lá vai a velhinha estrada fora aos rebolões.

Podes matar uma velhinha assim do nada. Achas bonito?

Eu não. E assusta-me...

Posso olhar para alguém e estar a decidir dessa forma todo o futuro dessa pessoa.

É chato. E incomodativo também.

O peso da responsabilidade é demasiado.





Tarequinha, miss know-it-all


P.s. - Já temos 1 cadeira e meia feitas este ano, tareco museu

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Mutantes e Papayas

E se vivessemos num mundo povoado por mutantes? Se todos nós fossemos criaturas medonhas, hediondas que tivessemos todos os órgãos do avesso e fora dos sitios convencionais? Poderíamos marginalizar as pessoas "normais" que, sendo uma minoria seríam consideradas anormais.
As mutações podiam variar de cidade para cidade. E se pudessemos comprar mutações?

Tareco

Entre todas estas mutações surgiu-me a imagem mental de um colega nosso, muito heavy-metal, com os seus longos cabelos compridos, em que nos seus cabelos nasceriam papaias. Aliás, papayas, porque o sr. Tareco é chique e diz que é assim que se escreve. Papayas que naturalmente depois de abertas só teriam mais cabelo lá dentro.

(Agora só consigo imaginar o meu colega a caminhar tipo ogre e a oferecer papayas a todas as raparigas que encontrasse para depois fugir a dizer com uma voz cavernal: Do you feel me? I'm inside you... Can you feel me?)

A partir desta ideia surgiu-me um mundo ideal povoado por papayas:

- E se a única palavra que as pessoas soubessem dizer fosse papaya? "Papayapapayapapaya papaya papayapapaya"

- As mini-papayas nasceriam do cruzamento de papayas com mamayas, e quando morressem iriam para o papayariso

- As pessoas diriam "Boa Papaya, Sr. António!" ao cumprimentarem-se e diriam "Rais t'Papaya!" quando estivessem chateadas. "Papayo-te" seria um verbo para exprimir qualquer coisa que eu não faço ideia, e teríamos terras como Papaya-a-Velha, Várzea de Papaya, Santa Papaya do Porto. Os nossos heróis seriam o Papaya da Gama, o Chuck Papaya Norris, o Tio Papayinhas ou o Papaya Natal.
Com sorte até podiamos ter um líder que fosse o magnânimo e sapiente Papayo.

Para finalizar, os trolhas, ao encontrarem um grupo de meninas, diriam piropos como:
"OH BOUAS, gostam de papaya?"
"Ah, não..."
"Então mamaya!"

(Neste ponto estou à procura da minha dignidade debaixo da mesa, porque desci muito, muito baixo)

TARECA PAPAYA em directo da Tarecoslováquia, Républica do Tarequistão

PapayaPapayaPapayaPapayaPapayaPapayaPapayaPapayaPapayaPapayaPapayaPapaya
PapayaPapayaPapayaPapayaPapayaPapayaPapayaPapayaPapayaPapayaPapayaPapaya
PapayaPapayaPapayaPapayaPapayaPapayaPapayaPapayaPapayaPapayaPapayaPapaya
PapayaPapayaPapayaPapaya
PapayaPapaya
Papaya

domingo, 24 de maio de 2009

E se ainda não tivessem inventado a roda?

É uma teoria que já me assola à muitas luas. Como seria o mundo hoje se ainda não tivessem inventado a roda? Vou-me tentar concentrar nas áreas com que trabalho diáriamente, Engenharia Automóvel e distribuição da Telepizza.

Estou a imaginar-nos a ter Tecnologia Automóvel no laboratório a dar voltas à cabeça para criarmos um motor de combustão interna de êmbolos triangulares com cambotas em forma de estrela para fazer o primeiro veículo motorizado do mundo. E a quantidade de calculos que teriamos de fazer para calcular esforços nas bielas invertidas em forma de cruz ou ainda o trabalho que teriam os torneiros para maquinar as sedes para as valvulas em estrela?

E as ruas, como seriam? A minha melhor aposta vai para os cavalos, milhões de cavalos povoavam as nossas cidades.

As marcas que hoje em dia fabricam automóveis, seriam marcas de hardware para aplicar nos cavalos, o que quer dizer que quando se estendesse o dedo para chamar um táxi, viria um velhote montado num unicórnio com o corno em forma de estrela da mercedes. Iriamos ver corridas de rua entre cavalos gti, cavalos sobrealimentados com um engenhoso sistema de injecção de palha pelas goelas quando estivessem a galopar em 3a velocidade e tambem cavalos type R japoneses com olhos em bico e mecanismos agarrados às pernas para os fazer galopar mais rápido acima dos 8000 passos por minuto.

Obvio que para entregar pizzas, em vez das modernas hondas today (modernas? cof cof), íamos no nosso jumento com a caixa da telepizza atrás e um pau com uma cenoura à frente, senão éramos nós que levávamos a mula e não o caso contrário. Ao telefone diriamos aos clientes "Então dentro de 3 ou 8 horas consoante a disposição do animal, o pedido estará em sua casa". Em vez de irmos arrumar as motas à garagem íamos pôr as mulas a pastar e visto que ainda não se tinha inventado a roda, as pizzas da telepizza eram feitas em mil e uma formas geométricas diferentes, ou seja, existiam bastantes tipos de massas para escolher: massa normal ou fina, quadrada, triangular, ou até pentagonal.

Toda a publicidade teria de ser substituida pois não existiriam "Momentos redondos" mas sim "Momentos de variadas geometrias que não incluam o circulo".

Ok, ok, a imagem mental está-se a transformar mais numa espécie de governo mundial que tentasse banir a roda afirmando que era uma invenção do diabo e que quem usasse seria condenado a uma morte lenta e dolorosa até para uns rapazitos com um yô-yô que seriam brutalmente espancados e presentes a um julgamento fantoche com chefes de estado a declarar pena máxima... mas valeu o esforço, não?

Tareco

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Teoria #753

Eu tenho um problema crónico com o facto de certas palavras serem asneira. Todo o conceito de asneira me faz uma certa comichão no nariz.

Porque é que as pessoas têm que se encolher todas quando ouvem determinada palavra? Porque é que toda a gente acha feio a palavra X ou a palavra Y, embora não se importem de dizer a palavra Z, mas nem pensar em ouvir os seus filhos dizerem X, Y ou Z.

Lá está, até eu para explicar isto não escrevo asneiras.

É aqui que entra a fabulosa expressão "E se..."

Ora bem, e se as asneiras como as conhecemos fossem outras palavras, tipo sofá, garfo ou livro?

Alguém martela um dedo: "Ah, GARFO!"
Deixas cair alguma coisa "Ca g'anda SOFÁ!"

Não entendo. O impacto nunca seria o mesmo.

E porque é que raio é que as asneiras são todas relacionadas com a experiência sexual do Homem ou pelo menos da sua cintura para baixo? Mas é ambíguo, é estúpido, ninguém diz "COPULA-SE!" quando está revoltado, ou "FEZES!" quando está a ter um dia de "fezes".

Não compreendo.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Quem somos?

Nós, na verdade, somos 2 tarecos. E tarecos porquê? Não faço a mínima ideia, foi apenas mais uma ideia que na altura pareceu boa mas que, obviamente, 5 minutos depois não faz qualquer sentido. Como qualquer outra ideia que nos passe pela cabeça.

É esta a ideia deste blog. Depois de muitas teorias completamente "random" decidimos dar voz ao movimento "siiim, mestrre dráacula" (imaginar um igor disforme e corcunda a arrastar um dos pés enquanto diz isto com uma voz cavernal).

A teoria que empresta o título a este blog é uma das tais que desafia qualquer lei do bom raciocínio lógico: e se o ar respirasse pessoas? Mas o outro tareco há-de vir cá deixar uma posta sobre isto que ele dedicou-se à séria nisto em casa.

99% destes conteúdos começaram como simples conversas numa sala de aula com uma voz de fundo de um senhor careca a explicar qualquer coisa sobre graus de liberdade e vigas (a.k.a. "Harry Potter depois de velho", porque eu JURO que o homem tem uma cicatriz em forma de raio na testa! E JURO que o politécnico foi construído em cima de um antigo cemitério índio)

Ah... somos um tareco e uma tareca completamente anti-convencionais. E palermas.

Pecaminosamente palermas.

Somos a Máfia dos Oregãos, Tareco e Tareca

A ideia surgiu à bastante tempo, quase na mesma altura em que começaram as crises de teorias absurdas e tanto foi adiada a criação de um blog para guardar essas ideias que mais tarde ou mais cedo tinha de acontecer... Ela virar-se para mim assim do nada e perguntar-me "E se o ar respirasse pessoas?" desencadeou certas e determinadas imagens mentais que a própria pergunta acabou por conduzir ao aparecimento do blog. A selecção do nome do blog estava feita, faltava encontrar um nome para o link e depois de uma grande tempestade cerebral que passou por "blogspot.blogspot.com", "eseaducatifosseumamarcademassa.blogspot.com", "tasaquitaslafarad.blogspot.com" e ainda "avidaebiela ou abielaeomonstro.blogspot.com" decidimos ir para um nome muito mais normal como é o caso do "yeeeeees mastaaaarrrr" traduzido para português.

As imagens mentais que me passaram pela cabeça não foram nem mais nem menos do que um mundo bizarro em que nós, humanos éramos compostos por oxigenio e azoto e éramos respirados pelo ar lá em baixo que tinha uma grande civilização em que nos usava crianças, homens e mulheres para encher pneus ou até mesmo para comandar cilindros e válvulas pneumáticas... É uma visão estranha, não?

Mais teorias virão, talvez quem sabe, com ilustrações, agora que a tareca aprendeu a desenhar cartazes de filmes sobre palhaços e metades de motas... vá-se lá saber porquê, temos uma certa dificuldade em desenhar coisas simétricas, secalhar essa dificuldade até está relacionada com uma espécie de problemas mentais que pode causar um excesso de creatividade para a onda da ficção científica.

Aproveito tambem para dizer que a culpada de todas estas coisas estúpidas que digo é Ela e foi Ela que me fez ficar assim, como se fosse uma vóz nasalada como a do Sócrates dentro da minha cabeça a dizer-me "Faustooo, quero a ninjaaaaaa..." e a obrigar-me a ter ideias absurdas para me auto-humilhar em frente da minha familia e amigos com o objectivo de fazer com que eu não preste atenção nas aulas e deixe cadeiras para trás... Vou aproveitar para deitar mais achas para a fogueira e dizer que ela é prima do Marakaté...

"Agora Eles sabem..."

Até um dia destes, "queração"
Tareco