sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Mensagens

Com estes tarifários todos que apareceram em que, basicamente, podemos usufruir de tudo e mais alguma coisa do telemóvel e só pagar tanto por mês, surgiu um hábito que eu odeio.

Primeiro: o pânico.
Ai meu Deus, ai meu Deus, vamos ter que falar tudo hoje, porque amanhã é Natal e as mensagens são a pagar. E é ver as pessoas a falarem tudo e mais alguma coisa, a adiantarem a conversa para três dias, os namorados a despedirem-se como se um deles fosse para a guerra, mandar mensagens de Natal, de passagem de ano, de Páscoa, eu sei lá. CALMA!

O mundo não acaba por pagares uns 5 cêntimos por mensagens. E se realmente esses tarifários são assim tão bons deves ter algum saldo acumulado. O mundo não acaba. Os incas não previram que ia haver um apocalipse sempre que tens que pagar uma mensagem.

Mas é estúpido. Eu dou por mim a pensar como é que eu já tive namoros que se sustentavam imenso em mensagens pagas e sobreviveram. Eu já fui daquelas miúdas que gastavam um pacote de 5 euros de sms, ou seja, 500 sms, num dia. Como foi possível?

Não sei. Mas odeio o pânico. Toda a gente fica louca.


Segundo: a frieza.
Já repararam que quando agora, por alguma razão, temos que enviar uma mensagem que seja paga toda a gente poupa nas palavras?

Tipo... wtf?

As sms não são telegramas. Não é por dizermos só "sim" ou "sim, tens razão. Olha um beijinho para ti e para a família e feliz natal!" que vamos pagar mais. Mas no entanto, nestas alturas, há algo que entra no cérebro das pessoas e só dizem o que é vital à sobrevivência. Porquê? Isso dá azo a mal entendidos. E eu até confesso que fico magoada com certas pessoas, porque é Natal e eu digo coisinhas bonitas porque o espírito da época até me deixa bem disposta e depois recebo coisas do tipo:

Sim. Stop
Feliz Natal. Stop
Amanhã vou Leiria espera lá por mim. Stop
Bjs. Stop

Ah, e sim, meus caros, os smiles também não se pagam e são muito boa onda.

Enfim. Estou deprimida.


Vou enfardar ferrero rocher até não haver amanhã.






Feliz Natal, meus amigos, e que nunca vos faltem as palavras a quem mais amam! ;)












Tareca.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

O meu olho direito

O meu olho direito é um olho igual ao meu olho esquerdo, só que mais parvo.

E das duas uma: ou tornou-se campo de testes para as gelatinas royal ou tem parkinson.


Treme o sacana. Abana-se, assim, louco, possuído. E quando estou a falar com alguém? Tragédia!

Só consigo estar a falar com alguém e a pensar que essa pessoa está a gozar comigo interiormente por causa da porcaria do meu olho direito estar a ter espasmos. É que eu não consigo ter noção se as outras pessoas conseguem ver isso. Sinto-me injustiçada.



E, no entanto, eu acredito piamente que isto seja um complot das gasolineiras.


Isto só pode ser, e faz todo o sentido, uma estratégia das grandes petrolíferas contra o meu olho direito.




E porquê perguntam vocês? (Admitindo que há mais que uma alma perdida a ler o "sim")





Porque eu tenho um veículo a gasóleo que não gasta nada.
E eles sabem, e TAU!










....eles sabem....








Tareca Camões

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Mulheres

As mulheres são uma raça danada. E eu sei-o. Sou uma delas. E tenho orgulho, gosto de ser de uma raça danada.

As mulheres têm uma relação de amor-ódio com as outras mulheres. Odeiam-se. São competitivas, mais que os homens. E acreditem que sei do que falo porque só vejo e só falo com mulheres ao fim de semana, dado a minha condição de elevada convivência com o mundo automóvel. As mulheres se pudessem estrilhaçavam-se umas às outras.

Mas é bom. Não há maior elogio do que uma mulher odiar outra mulher, juro. Se odiamos outra mulher é porque a vemos como uma potencial concorrente, logo é porque é boa. E são poucas as mulheres que têm capacidade de admitir isso. Geralmente é mais simples dizer "é bonita, é bonita, mas não tem nada naquela cabecinha" ou, no caso oposto, "até tem cabecinha, mas credo, já viste aquelas sobrancelhas?". Portanto, a menos que se tenha mesmo um aspecto que faça lembrar um parente directo do homem de neanderthal, ser odiada por outra mulher é bom. É puro status.

Uma vez decidi que ia levar um vestido todo bonitinho para a escola, mas sentia-me insegura, ora puxa o vestido para baixo, ora ajeita as meias, enfim, todas aquelas coisas com que uma mulher que não está habituada a este tipo de indumentárias se debate. Quando saí duma zona muito povoada por mulheres disse ao tareco "olha para trás, pelo menos 6 meninas estão a olhar para mim com aqueles olhos de 'é uma cabra'" - incrivelmente estavam. E isso fez-me sentir bem. Porque se elas me odeiam é porque eu estava verdadeiramente bem.

Todas as mulheres têm um vestido, umas calças, um conjunto, whatever, que é a chamada "roupa da caça". A eficiência da "roupa da caça" mede-se não só pelo número de olhares de aprovação (rebarbação) masculinos conseguidos, mas mais ainda pela quantidade de olhares de fuzilamento femininos. Mas não o fazemos por mal. Não nos odiamos umas às outras porque sim. Sentimo-nos ameaçadas. Elas, aquelas, com as pernas altas, o cabelo maravilhoso, o sorriso branco, o peito enorme, têm mais hipóteses de conseguir arranjar um macho cheio de pêlo no peito que as leve para uma caverna para procriação e segurança, isto é natural da nossa evolução. Está implícito. Não controlamos.

Mas as mulheres também conseguem adorar-se. É o chamado "female bonding". Aquelas conversas patetas sem objectivo sobre maquilhagem, cabelos, os olhos giríssimos daquele gajo que entrega o correio à sexta-feira, do tempo que está húmido e estraga tudo. Qualquer mulher adora esse tipo de ligação. É natural. E confortável. Esquecemos a competição por coisa de 2 segundos.

Lembro-me de ver um episódio duma série onde 2 amigas falavam uma com a outra sobre isto, e uma dizia "Está calada! Tu és linda, odiei-te assim que te vi!" e a outra depois de soltar um "ohhh, a sério? Que querida!" abraçou-a.

É assim que eu vejo as coisas.

Somos uma raça danada. Ponto.





E eu vou explicando algumas coisas para não dizerem que nós é que somos as complexas.

Porque não. Somos só peculiares.








Danadas.







Tareca

domingo, 13 de dezembro de 2009

Hulk Sleepy.....

Porque é que temos de dormir?
É algo que me revolta desde que reparei que não estava a ficar mais novo mas sim a caminhar para a velhice. Dormir revolta-me porque todos os dias temos de desperdiçar 5, 6, 7, 8 ou até mais horas a fazer o quê? A estarmos deitados num colchão de olhos fechados a pensarmos vá-se lá saber em quê... Ainda por cima na maior parte das vezes nem sequer nos lembramos do que é que sonhámos.

Estou aborrecido porque (e já comprovei que não sou o único a pensar isto), há montes de noites em que não me apetece nada ir dormir... Sei que me vai fazer bem e saber que nem ginjas mas vou dormir e não vou produzir nada, tenho montes de coisas para fazer e quando acordar ainda por cima vou acordar mal disposto porque vou querer continuar na cama simplesmente a olhar para o tecto.

Não interpretem mal, eu adoro dormir e adoro acordar com as baterias recarregadas, mas são raros os dias em que acordo assim. Se durmo pouco fico com sono o resto do dia, se dormir muito, continuo com sono. Se acordo e olho pela janela e vejo céu cinzento fico enjoado e mal disposto, se está sol, fico ofuscado e escondo-me debaixo dos lençóis por ficar cego... Sei também que quanto mais tarde me deitar, mais tarde vou acordar, isto porque o nosso “corpo estúpido” não se contenta em dormir meia hora e, para se vingar ainda somos capazes de acordar com um torcicolo no pescoço ou uma cãibra na perna ou acordarmos num sitio completamente diferente de onde tínhamos adormecido... portanto dormir é assim, 90% das vezes, extremamente debilitante e não devia ser essencial à vida. For God sake, se se fala em recarregar as baterias, se os telemóveis conseguem enviar mensagens e fazer chamadas enquanto estão ligados ao carregador, porque é que nós não chamamos “dormir” a um estado 75% operacional enquanto estamos ligados ao isqueiro do carro ou a um painel solar a “recarregar as baterias”?

Tareco