sábado, 11 de julho de 2009

Teorias Escolares

Ando toda queimadinha dos exames, a ponto de ter o cérebro feito em açorda. Já não posso ver vigas, barras, vigas/barras, transmissões de calor, travões, rolamentos ou o que quer que seja à frente. Mas mesmo assim a minha posta vai ser sobre aulas, e sobre algumas teorias que eu e o Tareco viemos a desenvolver na bela aula de sistemas de chassis.

Irei explicitá-las por tópicos:

- E se os professores fizessem intervalos comerciais?

Ora bem, tudo muito bem numa aula: «patatipatatá suspensões Mcpherson práquieprácolá mais multilink assimassado - e agora interrompo a aula para um intervalo comercial" e era neste momento que o professor começava a debitar um caudal de anúncios a pastas de dentes e aspiradores que REALMENTE limpam a sua casa e a champôs medicinais, com a mesma velocidade que os senhores da rádio lêem as contra indicações dos medicamentos. Isto era realmente chato, mas ao mesmo tempo acabava por quebrar um pouco da monotonia e prestar algum serviço público. Eu apoiava. Principalmente se pudéssemos fazer zapping e pôr um professor a falar com sotaque ligeiramente brasileiro enquanto discursava sobre os leões que estavam a dormir na savana com aquele jeitinho próprio da National Geographic.


- E se tivéssemos aulas com santos?

Nada mais estúpido. «Eh pá, vamos ter aulas de Mecânica dos Fluidos com a Santa Bárbara das Tempestades!» «Oh pá, a Santa Teresinha das Almoçadeiras vai-me chumbar outra vez este ano...» «Então o professor já não vem dar aulas este semestre? Ouvi dizer que estava a fazer beatificação em Motores Diesel».
E lá estaríamos todos na aula, olhando para o santo(a) que nos tinha que aturar, de cabeças ao alto. Sempre que tivéssemos uma dúvida teríamos que fazer uma oração, e o salário era pago com esmolas. Os professores também podiam mudar de cor com a temperatura como o artesanato de Fátima e quem sabe até brilharem no escuro.


- E se estudássemos todos em Hogwarts?

Esta é parva. Mas tinha a sua piada...


Depois de tanta teoria apetece-me ir andar de mota...

Tareca, motard (fazendo lembrar um certo tareco)

'V' boas curvas!

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Mutantes, a sequela

Aqui à tempos ao ver uma mosca a sobrevoar o meu ex-local de trabalho (sim, o tareco-mór já foi télépizzeiro e já é télédistribuidor à uns mesitos valentes), lembrei-me da frase popular “ai, quem me dera ser mosca...”

E se todos nós fossemos moscas?

Em vez de estarmos ocupados com o nosso trabalho usual, estariamos ocupados a chatear as moscas que encarnavam a nossa pele nos nossos empregos ou nas nossas aulas. Seria assim que em vez da frase popular, seria qualquer coisa do género “ai, quem me dera ser humano para saber o que é que a minha Maria anda a fazer...”. Estaríamos constantemente a sobrevoar as moscas enquanto elas faziam pizzas e seríamos atraídos por luzes intensas... as moscas velhotas provavelmente iriam correr atrás de nós com "mata-humanos" ou pulverizar a sala com Raid para serem protagonistas de um mini-holocausto.

Ao passo que os humanos passavam a viver apenas uma idade media de 30 dias, as moscas duravam 75 anos em média, contudo os humanos podiam ter milhares de filhos em cada “fornada”... nem quero imaginar a confusão nas creches ehehe

Isto já para não falar das várias etnias de humanos. Assim como há hoje em dia moscas, mosquitos, moscardos, varejeiras, ou até melgas, havia vários tipos de humanos, cada um com as suas caracteristicas, desde humanosvampiros até humanosinfecciososdistribuidoresdedoenças que picavam as moscas ou transmitiam doenças para estas.

E se estamos a falar em moscas, porque não insectos no geral? Devia ser bastante interessante ouvir comentários do género, “epa ja reparaste nos oito olhos daquela mulher-aranha? Tem aquelas pernas todas peludinhas mesmo como eu gosto”. Uma boa resposta a esse tipo de piropos seria “olha que o ultimo que se fez a mim acabou a ser comido vivo enrolado na minha teia”

Era um mundo estranho, não?


Tareco-motard

domingo, 5 de julho de 2009

Teoria do Caos

Teorias estúpidas à parte vou passar a uma teoria mais séria e que me assombra: a capacidade que nós temos de mudar toda a História sem darmos por isso.
Quase toda a gente conhece aquela expressão de que o bater de asas de uma borboleta na China pode provocar o caos e mais não sei o quê. Pois imaginem:

Vão para o trabalho/escola, e numa passadeira não deixam passar a senhora X. Ora se a senhora X tivesse atravessado a rua, tinha encontrado o senhor Y antes de este virar a esquina, tinham sorrido um para o outro, entretanto voltavam a cruzar-se e achavam piada a este "2º encontro", envolviam-se e a senhora X já não teria que casar com o irmão do cunhado só para não ficar para tia, ou seja, já não se suicidaria de desgosto uns anos depois e teria dois filhos, sendo que um deles seria um futuro presidente da república muito bem sucedido e o outro um advogado de sucesso que salvaria muitas pessoas inocentes.

Pois bem, se tivesses deixado passar a senhora X podias estar a tirar o país do fosso e a salvar muitas pessoas. Como te sentes agora?

Pois, e então imagina que vais na rua, vês uma pedra e dás-lhe um pontapé. A pedra rola mais uns centímetros e mete-se debaixo da roda de um carro. Quando o carro sair a pedra vai saltar e vai ficar estrategicamente colocada no caminho de uma pobre velhinha com dificuldades de equilíbrio. Pimba! Lá vai a velhinha estrada fora aos rebolões.

Podes matar uma velhinha assim do nada. Achas bonito?

Eu não. E assusta-me...

Posso olhar para alguém e estar a decidir dessa forma todo o futuro dessa pessoa.

É chato. E incomodativo também.

O peso da responsabilidade é demasiado.





Tarequinha, miss know-it-all


P.s. - Já temos 1 cadeira e meia feitas este ano, tareco museu