quinta-feira, 17 de junho de 2010

Como ser um bom distribuidor

Após assinar o contrato, o distribuidor deve recitar o juramento dos distribuidores:
“Ofereço o meu corpo e mente, à gloria desta loja e à vontade do meu mestre. Aceito pilotar a nobre Honda entre os veículos na hora de ponta, não parar em qualquer situação que não seja em frente à habitação do cliente ou da loja e matar quem quer que se esteja no meu caminho. Farei entregas em qualquer lugar da nossa cidade em menos de 15 minutos ou morrerei a tentar.”

Depois de uma corrida até à morte com todos os aspirantes a distribuidor, apenas um é escolhido para se juntar às lendas. Oiçam, vejam, aprendam e talvez consigam viver como distribuidores. Falhem e morrerão, ou pior, serão despromovidos a pizzeiros. Provem que são mais do que simples homens... provem que são Distribuidores!
Um distribuidor não receia a morte. Ele abraça-a, acaricia-a... f*de-a.
Cada vez que sai da loja, Ele põe o seu pau na boca da morte e reza para que volte à loja antes da boca dela se fechar!
Um bom distribuidor conhece todas as ruas da sua cidade, todos os atalhos, todos os lotes e numeros. Um bom distribuidor não sonha com o dia em que será livre da sua pizzaria.

Mais conselhos, talvez um dia...
Tarecae Distribuidorum

sábado, 12 de junho de 2010

Isto incomoda-me

Por observação da população em geral, tenho-me apercebido deste fascínio quase animalesco que há em ter frases escritas em inglês em tudo o que existe. O problema é que não importa o que quer que lá esteja escrito, tem é que ser uma frase qualquer e, obviamente, estar escrita na língua lá do país da Rainha.

Eu não tenho nada contra frases impressas em lado nenhum, mas incomoda-me profundamente que 90% das pessoas não façam a mínima ideia do que lá está escrito.

Ora vejamos, um dia destes estava a passear num centro comercial e vi uma senhora já com a sua idade, ar sério, com roupa discreta e pouco arranjada, com uma t-shirt cor de rosa que gritava do alto das suas letras grandes e berrantes:

"I'm not anti social... I just don't like you"


Mas será, pergunto-me, será que ela faz a mínima ideia do que lá tem escrito? Será que ela sabe que anda a justificar a toda a gente o facto de não ser simpática porque não gosta deste fulano ou daquele? Não consigo atingir... Mas isto é um denominador comum na maioria das t-shirts bimbas. 99,9% das t-shirts bimbas, ou seja, todas aquelas que não tem uma imitação rasca do tweety ou do rato mickey, têm uma frase em inglês que, pelo conteúdo, ou foi tirada de uma tradução manhosa dum romance de cordel ou foi algo que se lembraram naquela altura só porque sim.

É que quase todas falam de um romance qualquer.

"Kiss me... I'm beautiful", "Waiting for you tonight", "I miss you so much", etc etc etc.

Deduzo então que toda literatura tenha sido abolida de Taiwan (apetece-me, agora) e só cheguem lá traduções rascas dos livros da Corín Tellado.



Claro que me choca ainda mais quando há erros ortográficos tão evidentes que fariam o Borat corar de vergonha.

Para terminar, houve algo que ainda me conseguiu chocar mais do que qualquer t-shirt.

Alguém deve ter achado que escrever mensagens subliminares em tudo o que é objecto realmente era uma aposta ganha e agora atacam todos os produtos.

Incluindo, rolos de papel de cozinha.

E eu pergunto-me, mais uma vez, o que é que raio é que um director criativo tem na cabeça para aprovar isto:



Mas quem é que tem uma última oportunidade de beijar quem? O rolo de beijar as batatas fritas num beijo apaixonado, quente e oleoso? Alguém que não tenha guardanapos e tenha que usar uma destas folhas? É considerado um beijo?

É que tanto quanto me parece qualquer pessoa que seja apanhada a "curtir" (estou nostálgica hoje) com um rolo de cozinha é considerado demasiado alternativo (kinky...).

Mas será que sou eu que estou a pensar mal?

Talvez no fundo seja um acto desesperado duma mente criativa que trabalhe na Renova e que queira mandar uma mensagem romântica à sua mais-que-tudo que trabalha como chefe de cozinha num restaurante nas Canárias.

Ou então é um suborno. Daqueles que as mulheres fazem quando estão mesmo chateadas. Ou então ainda pior, pode ser uma mulher a fazer chantagem com o homem que lhe deu uma tampa.

Do tipo, "ou beijas-me ou morres, é a tua última oportunidade! Se não o fizeres eu vou assombrar-te para sempre na tua cozinha sob a forma de rolo de papel dos fritos e vou atrás de toda a tua família!".



Agora que penso nisso estou assustada.


Somos controlados. A toda a hora e sob todo o tipo de formas.




Vou já queimar o rolo de papel dos fritos.








Eles sabem.... Eles sabem........




Tareca "You have one night to prove you love me or I'll haunt forever in your dreams"

sexta-feira, 4 de junho de 2010

De volta às origens

E se conduzir veículos motorizados exigisse muito mais de uma pessoa do que aquilo a que estamos habituados hoje em dia?

Actualmente estamos habituados a agarrar no volante, ligar o carro e enquanto metemos uma abaixo para ultrapassar, mandamos uma SMS a dizer que estamos atrasados e acabamos o pequeno almoço... E se não existisse uma centralina no carro a fazer tudo por nós? E se nós é que tivessemos de fazer todo o trabalho da centralina? De certo que conduzir seria uma experiencia muito mais envolvente se na mesma ultrapassagem tivessemos de fazer uma dupla para meter uma abaixo e controlar o avanço da ignição à medida que as rotações subiam, assim como a pressão de combustivel e tempo de injecção, sempre de olho no sensor de knock! Em vez do tablier requintado da moda, estaria cheio de manómetros para sabermos todas as pressões do motor assim como luzinhas, interruptores e manivelas. O habitáculo dos automoveis seria mais parecido com uma mini casa das máquinas de um navio ou de um comboio antigo.

Tenho quase a certeza que se assim fosse, não seria necessária qualquer lei para restringir o uso de telemoveis enquanto conduzimos porque não teriamos tempo para mais nada sem ser conduzir enquanto tivessemos dentro do carro a ir de A para B. Acredito que ao se aumentar o nivel de dificuldade da condução, iria-se notar uma grande quebra nos acidentes pois toda a gente estaria completamente concentrada a conduzir a partir do momento em que dessem à chave com o carro frio e tivessem de ligar a bomba de gasolina, um injector extra para enriquecer a mistura, atrasar a ignição e aumentar o relantim.

Obvio que assim, para tirar a carta seriam precisas umas 50 aulas de mecanica automovel para aprender a conduzir um, mas em que planeta é que isso seria uma coisa má?


Tareco