Porque é que temos de dormir?
É algo que me revolta desde que reparei que não estava a ficar mais novo mas sim a caminhar para a velhice. Dormir revolta-me porque todos os dias temos de desperdiçar 5, 6, 7, 8 ou até mais horas a fazer o quê? A estarmos deitados num colchão de olhos fechados a pensarmos vá-se lá saber em quê... Ainda por cima na maior parte das vezes nem sequer nos lembramos do que é que sonhámos.
Estou aborrecido porque (e já comprovei que não sou o único a pensar isto), há montes de noites em que não me apetece nada ir dormir... Sei que me vai fazer bem e saber que nem ginjas mas vou dormir e não vou produzir nada, tenho montes de coisas para fazer e quando acordar ainda por cima vou acordar mal disposto porque vou querer continuar na cama simplesmente a olhar para o tecto.
Não interpretem mal, eu adoro dormir e adoro acordar com as baterias recarregadas, mas são raros os dias em que acordo assim. Se durmo pouco fico com sono o resto do dia, se dormir muito, continuo com sono. Se acordo e olho pela janela e vejo céu cinzento fico enjoado e mal disposto, se está sol, fico ofuscado e escondo-me debaixo dos lençóis por ficar cego... Sei também que quanto mais tarde me deitar, mais tarde vou acordar, isto porque o nosso “corpo estúpido” não se contenta em dormir meia hora e, para se vingar ainda somos capazes de acordar com um torcicolo no pescoço ou uma cãibra na perna ou acordarmos num sitio completamente diferente de onde tínhamos adormecido... portanto dormir é assim, 90% das vezes, extremamente debilitante e não devia ser essencial à vida. For God sake, se se fala em recarregar as baterias, se os telemóveis conseguem enviar mensagens e fazer chamadas enquanto estão ligados ao carregador, porque é que nós não chamamos “dormir” a um estado 75% operacional enquanto estamos ligados ao isqueiro do carro ou a um painel solar a “recarregar as baterias”?
Tareco
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